E de tudo fez se o nada
E do olhar se fez o pranto
Nem por instante eu pensava
Que poderia doer tanto
E da flor não se fez primavera
E do sol não se fez verão
Nenhum dia será o que era
E o amanhã será em vão
E o vazio que se preenche com palavras
É o mesmo que escorre nessas linhas
É a simples ausência do todo
É toda falta de rima
E dos simples versos que escrevo
Que não fazem sentido algum
É do sentido que não vejo
Que não se faz os versos comuns
Então morre proscrito e moribundo
O poeta recluso
O poema confuso
O que fala de nada
E o que fala de tudo
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