domingo, 24 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 17

Em baixo da luz da pequena vela

A bruxuleante luz a iluminar o amor

Minha mão desliza sobre o corpo nu

Tão suave quanto a luz que paira sobre o casal

Não é só o desejo que me prende a atenção

É admiração

Aos poucos ouço musica

Cada suspiro é uma nota

Cada beijo um refrão

Deslizar os lábios meus

Na boca tua

Beijar-lhe o corpo inteiro e tocar a alma nua

A luz treme como o casal

O calor os possui assim como o desejo

Antes mãos suaves agora seguram firme

Antes o beijo delicado agora mordidas não escapam

Nada existe alem da luz bruxuleante da vela

E debaixo da vela nada alem de amor

O prazer os consome

E o desejo os abraça

Por mais uma noite

Foram amantes

Por mais uma noite

Foram amados

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema16

Poderia passar horas a te admirar

Poderia passar noites a te olhar

Impossível não te querer

Irresistível não te amar

Não é possível ficar sem teu ar

Sem teu perfume

Sem teu olhar

Te dar mais um beijo antes que eu me vá

Em tarde fria, a saudade acorda

E nem lembranças existem na cama vazia

As marcas de corpo não saem

E o desejo só aumenta

Tão perto meu olhar

E tão longe te tocar

No incansável poema que se escreve

Na pouca lucidez do amor

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Poema 15

Impossível resistir aos seus lábios

Os meus olhos ao se encontrar com o seus se perdem

Não ouso tocar-te a pele branca

Nem lhe beijar a face tenra

Para não acordar meus desejos

No entanto aguardo o toque

De mãos leves e delicadas

Tão perfeita quanto um anjo

E tão maliciosa quanto um gato

Percorro os dias fugindo de ti

E te desejando ao mesmo

Na eterna luta contra meus medos

Absorto em pensamentos

E lembranças de seu sorriso

Impossível não desejar-te

Mais impossível é tela

Nesse tormento prazeroso

De sedução e sonho

Entre ímpetos errôneos

De sentimentos incertos

Sucumbir ao mistérios

Possuir o impossível

Te ter por momentos

Ou perde-la no infinito

Poema 13

Porque me segue o amor?

Amor impossíveis

Amores tão trágicos

Amores tão belos

Porque me acorrentas ao amor

Não pelo corpo

Nem coração

Me acorrentas na alma

Porque me negas o amor

Por que dessa emoção

Fatídica e platônica

Cansativa de eu mesmo

Perpetua o sangue que escorre

De meu peito

Por amor sangrar

De forma lasciva

Que destino é esse

Que me tem em mãos

Jogado as dores da vida

E do amor que me segue incansavelmente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 12

O medo que corroe

A alma com medo se perde

Em desespero atormentada se perde

Em atos impensados desmancha-se

Foge do que é incerto na certeza da tristeza

Incerto é o amor todo sempre

Incerto é o desejo disparate

Tão certo é o tédio da mentira

Seca e nua a si mesmo

O medo de se descobrir verdadeiramente livre

O medo de viver verdadeiramente

Este é o medo

Trazes de longe

Nos cabelos

Face triste do medo enraizado

Foges do ser

Foges do inconstante da vida

Foge apenas...

E o medo perpetua infelicidade

Tornando parte de tua carne

Tornando marcas

Até quando nua

Mentir a si mesmo

E fugir de medo.

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 10

Só resta a falta de ar

O abafado do quarto

E a pesada umidade

Não era tão simples

E amar não é tão fácil

As janelas embaçadas

Tão cegantes quanto coração

O calor entorpece

Como droga letárgica

O desejo embriaga

De gosto doce

E toque tão cálido

Acorrentado ficam os corpos

Um ao outro

Entrelaçados

Num suor quente e um tanto viscoso

O calor paira sobre essa cama

Silenciosamente sobre os corpos nus

O coração bate alto

Tão alto que parece ser o único ruído

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 11

E no denso e úmido quarto

Restam dois corpos

Um certo úmido

Outro mais pálido

Teve mais um beijo

Um olhar passado

O toque tremulo

Um suspiro espaçado

Um grande amor começando

Um pequeno encontro ao acaso

Um amor acabando

De certo um romance devasso.

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 10

Só resta a falta de ar

O abafado do quarto

E a pesada umidade

Não era tão simples

E amar não é tão fácil

As janelas embaçadas

Tão cegantes quanto coração

O calor entorpece

Como droga letárgica

O desejo embriaga

De gosto doce

E toque tão cálido

Acorrentado ficam os corpos

Um ao outro

Entrelaçados

Num suor quente e um tanto viscoso

O calor paira sobre essa cama

Silenciosamente sobre os corpos nus

O coração bate alto

Tão alto que parece ser o único ruído