domingo, 30 de março de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 23

Para fazer um bom poema

Não precisa de inspiração

Só apenas respiração

Para fazer algo de amor

Não precisa tanto zelo

É apenas sentimento e um pouco de dor

Para fazer chover assim

Não basta sair sem guarda-chuva

É só sair de casa e não olhar para rua

Para não fugir daqui

Tenho frases descabidas

E pessoas mais descabidas

Para se ter uma boa semana

Peço a Deus em oração

Que não me tire o coração

E que faça de meus poemas

Mais que palavras

Uma benção

segunda-feira, 17 de março de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 22

Desejo lhe nua

Rapidamente

Para amar-te agora

Para amar-te sempre

Desejo-lhe o corpo

E que seja quente

Não somente suas pernas

Como seus lábios ardentes

Desejo-lhe a alma

Puramente entregue

Que seja porque me amas

Mas que seja eternamente breve

Desejo-lhe toda

E mais por completa

Sem mesmo com leve pudor

Mesmo que amar seja com dor

Hei de te ter em meus braços

Mesmo que seja apenas um conto

No intimo de seu ser atordoado com meu ser

De ser em ti o amor vivo e impossível ser

domingo, 9 de março de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 21

Eis que amo mulher ingênua

A tênue face que felicita o mundo

Pura e clara

Que ingenuidade a minha amá-la

De corpo lascivo

Andar exuberante

Não foste a primeira a ter meu amor

Mas gostaria que foste a ultima

Ingenuidade tola

Acreditar em promessas bobas

Que teu olhar só seria meu

Que teu corpo prazeroso

Fostes um dia minha

Corre a fúria de meus ímpetos

E afunda meus desejos

Quanto mais te quero longe

Mais prazer em seu corpo vejo

Não é mais ingênua menina

Onde cantavas com voz fina

Hoje dormes em cama macia

No calor de meu peito

No rubor do desejo

Na fonte dos lábios

Na penumbra noite

Dorme anjo

De traços sutis

De curvas tão frágeis

De olhos tão vis

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 20

Todo amor que valha

Tem um certo medo

Tem um doce mel

Enquanto, escorre o fel

Todo amor é triste

Algo, que ninguém resiste

Dor que mata e faz chorar

É a mesma alegria de te amar

Todo amor é sensual

Algo mais que natural

Desejar-te toda nua

E amar-te em plena Lua

Todo amor é impossível

O que o torna mais incrível

Pois é tanto que te amo

E o porque, que eu luto tanto

Sim amo-te por ser amante

Não por seres bela

Nem pela boca doce

Amo-te por serdes minha

E por isso te amo em prantos

Deixo te ir amor

Pois pra mim. vida é amar-te a qualquer preço

Amar você em meu travesseiro

Ou na cama de terceiros

Esse amor que não acaba

Ele morre e nasce

Me ama e me mata

De alegria

De tristeza

De amor

E de saudade

Esse é todo amor que valha

Só merece teu canto

Um poema canalha

E todo meu pranto

Não se seduz a alma com o corpo

Para isso tem que ter leveza

Para seduzir a alma tem que ser cântico

Não basta ser romântico

Tem que ser verdadeiro

Para seduzir a alma tem que se ter rima

E um pouco de paixão

Mais que uma arte fina

Não basta o desejo ínfimo

Que o corpo sucumbe aos vícios

Deve-se ter clareza

Pois o amor da alma é de certeza

O mais valioso entre todos amores

Para seduzir-te a alma

Perco minha vida inteira

Perco meu sono e a calma

Para seduzir-te a alma

Falta-me gesto

Falta-me fôlego

Sobra me amor e desejo

Para seduzir a alma

Escrevo minhas misérias

No vazio

No silencio

Para seduzir-te a alma

Clara e singela

Entrego te a minha

terça-feira, 4 de março de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 19

Todo amor é descabido

Intenso amor

Que surge no improviso

Tão carnal quanto divino

Não foi a primeira vez que me perdi

No teu olhar no seu sorrir

No pequeno segundo

Procurava a eternidade

De ter-lhe por um momento

Desejar-te na eternidade

Sucumbir aos seus encantos

Afagar-lhe contra o peito

Ver em tua alma

Algo alem dos meus desejos

De modo rápido roubar teu fôlego

Para ter seu sorriso

Só mais uma vez.

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 18

Não é de agora que te amo

Nem poderia ser

Se te conheço a tão pouco

E não é difícil te querer

A chuva fria não traz teu perfume

O gélido ar não lembra seu toque

E o vazio do inverno não se ouve seu sussurro

Na espera inquietante do meu amor singelo

Te prometi eternamente o meu amor

Tão pobre e frágil

Tão grande e cheio de dor

Mas eternamente teu

Beijar-lhe a rosa nua

E perfumar os meu ares

Desejar-te inteira lua

E amar-te em fina arte

Dorme pálida no peito ardente

De paixão enorme e coração temente

No sono calmo que o anjos te levam

Depois de pecar no amores terrenos

Beijo tua face em leito

Em quanto dormes fico admirar

O desejo retornar ao peito

Mais uma vez em minha cama te amar

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 17

Em baixo da luz da pequena vela

A bruxuleante luz a iluminar o amor

Minha mão desliza sobre o corpo nu

Tão suave quanto a luz que paira sobre o casal

Não é só o desejo que me prende a atenção

É admiração

Aos poucos ouço musica

Cada suspiro é uma nota

Cada beijo um refrão

Deslizar os lábios meus

Na boca tua

Beijar-lhe o corpo inteiro e tocar a alma nua

A luz treme como o casal

O calor os possui assim como o desejo

Antes mãos suaves agora seguram firme

Antes o beijo delicado agora mordidas não escapam

Nada existe alem da luz bruxuleante da vela

E debaixo da vela nada alem de amor

O prazer os consome

E o desejo os abraça

Por mais uma noite

Foram amantes

Por mais uma noite

Foram amados

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema16

Poderia passar horas a te admirar

Poderia passar noites a te olhar

Impossível não te querer

Irresistível não te amar

Não é possível ficar sem teu ar

Sem teu perfume

Sem teu olhar

Te dar mais um beijo antes que eu me vá

Em tarde fria, a saudade acorda

E nem lembranças existem na cama vazia

As marcas de corpo não saem

E o desejo só aumenta

Tão perto meu olhar

E tão longe te tocar

No incansável poema que se escreve

Na pouca lucidez do amor

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Poema 15

Impossível resistir aos seus lábios

Os meus olhos ao se encontrar com o seus se perdem

Não ouso tocar-te a pele branca

Nem lhe beijar a face tenra

Para não acordar meus desejos

No entanto aguardo o toque

De mãos leves e delicadas

Tão perfeita quanto um anjo

E tão maliciosa quanto um gato

Percorro os dias fugindo de ti

E te desejando ao mesmo

Na eterna luta contra meus medos

Absorto em pensamentos

E lembranças de seu sorriso

Impossível não desejar-te

Mais impossível é tela

Nesse tormento prazeroso

De sedução e sonho

Entre ímpetos errôneos

De sentimentos incertos

Sucumbir ao mistérios

Possuir o impossível

Te ter por momentos

Ou perde-la no infinito

Poema 13

Porque me segue o amor?

Amor impossíveis

Amores tão trágicos

Amores tão belos

Porque me acorrentas ao amor

Não pelo corpo

Nem coração

Me acorrentas na alma

Porque me negas o amor

Por que dessa emoção

Fatídica e platônica

Cansativa de eu mesmo

Perpetua o sangue que escorre

De meu peito

Por amor sangrar

De forma lasciva

Que destino é esse

Que me tem em mãos

Jogado as dores da vida

E do amor que me segue incansavelmente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 12

O medo que corroe

A alma com medo se perde

Em desespero atormentada se perde

Em atos impensados desmancha-se

Foge do que é incerto na certeza da tristeza

Incerto é o amor todo sempre

Incerto é o desejo disparate

Tão certo é o tédio da mentira

Seca e nua a si mesmo

O medo de se descobrir verdadeiramente livre

O medo de viver verdadeiramente

Este é o medo

Trazes de longe

Nos cabelos

Face triste do medo enraizado

Foges do ser

Foges do inconstante da vida

Foge apenas...

E o medo perpetua infelicidade

Tornando parte de tua carne

Tornando marcas

Até quando nua

Mentir a si mesmo

E fugir de medo.

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 10

Só resta a falta de ar

O abafado do quarto

E a pesada umidade

Não era tão simples

E amar não é tão fácil

As janelas embaçadas

Tão cegantes quanto coração

O calor entorpece

Como droga letárgica

O desejo embriaga

De gosto doce

E toque tão cálido

Acorrentado ficam os corpos

Um ao outro

Entrelaçados

Num suor quente e um tanto viscoso

O calor paira sobre essa cama

Silenciosamente sobre os corpos nus

O coração bate alto

Tão alto que parece ser o único ruído

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 11

E no denso e úmido quarto

Restam dois corpos

Um certo úmido

Outro mais pálido

Teve mais um beijo

Um olhar passado

O toque tremulo

Um suspiro espaçado

Um grande amor começando

Um pequeno encontro ao acaso

Um amor acabando

De certo um romance devasso.

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 10

Só resta a falta de ar

O abafado do quarto

E a pesada umidade

Não era tão simples

E amar não é tão fácil

As janelas embaçadas

Tão cegantes quanto coração

O calor entorpece

Como droga letárgica

O desejo embriaga

De gosto doce

E toque tão cálido

Acorrentado ficam os corpos

Um ao outro

Entrelaçados

Num suor quente e um tanto viscoso

O calor paira sobre essa cama

Silenciosamente sobre os corpos nus

O coração bate alto

Tão alto que parece ser o único ruído

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 9

Percorro com cuidado os lábios na pele nua

E na pele nua os lábios procuram a boca tua

As mãos que seguravam com força não sentia

O tremor da pele e da paixão que havia

O suor da paixão se mostrava

A cama antes seca molhada estava

Mas a umidade apenas suavizava

O calor que na paixão dos dois havia

Passam-se minutos

E os dois suspiram incansáveis

O amor não passava

A cada suspiro e gemido, mais se amava

Eterno amor inacabável

Que mais se ama

Mais se quer amar

Pode ser na cama do quarto ou em qualquer lugar

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 8

Não é uma historia trágica

Hoje, amar é uma coisa rara

Não deixaste mais o teu perfume em mim

Mas deixou na alma a marca

Foi mais que o poema que me trouxe você a mim

Foi o encanto uma suave pintura em carmesim

No entanto me deixas ao pranto

Deixas-me com saudades sem fim

Em quanto escrevo sobre seu sorriso tenro

O seu canto se desmancha em mim

Durma mais uma vez em minha cama

Amanhã não será mais assim

Sonhe mais uma vez comigo

Deixe seu perfume em mim

Enquanto a alma marca

O amor em mim nunca acaba