domingo, 9 de março de 2008

Serie de poemas "Duas palavras uma estação"

Poema 20

Todo amor que valha

Tem um certo medo

Tem um doce mel

Enquanto, escorre o fel

Todo amor é triste

Algo, que ninguém resiste

Dor que mata e faz chorar

É a mesma alegria de te amar

Todo amor é sensual

Algo mais que natural

Desejar-te toda nua

E amar-te em plena Lua

Todo amor é impossível

O que o torna mais incrível

Pois é tanto que te amo

E o porque, que eu luto tanto

Sim amo-te por ser amante

Não por seres bela

Nem pela boca doce

Amo-te por serdes minha

E por isso te amo em prantos

Deixo te ir amor

Pois pra mim. vida é amar-te a qualquer preço

Amar você em meu travesseiro

Ou na cama de terceiros

Esse amor que não acaba

Ele morre e nasce

Me ama e me mata

De alegria

De tristeza

De amor

E de saudade

Esse é todo amor que valha

Só merece teu canto

Um poema canalha

E todo meu pranto

Não se seduz a alma com o corpo

Para isso tem que ter leveza

Para seduzir a alma tem que ser cântico

Não basta ser romântico

Tem que ser verdadeiro

Para seduzir a alma tem que se ter rima

E um pouco de paixão

Mais que uma arte fina

Não basta o desejo ínfimo

Que o corpo sucumbe aos vícios

Deve-se ter clareza

Pois o amor da alma é de certeza

O mais valioso entre todos amores

Para seduzir-te a alma

Perco minha vida inteira

Perco meu sono e a calma

Para seduzir-te a alma

Falta-me gesto

Falta-me fôlego

Sobra me amor e desejo

Para seduzir a alma

Escrevo minhas misérias

No vazio

No silencio

Para seduzir-te a alma

Clara e singela

Entrego te a minha

Um comentário:

Morghana disse...

Tirou me lágrimas, perfeição, ao meu momento.